Contagem decrescente

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Piropos

Há piropos e piropos. Nunca se sabe como as mulheres vão reagir. Hoje vou deixar uma sugestão aos meus leitores do sexo masculino. Este é daqueles que não deixa nenhuma mulher indiferente:

"Era até esguichares meita pelas orelhas!"

Usem com precaução...

domingo, 27 de janeiro de 2008

Passatempo 30 anos

No próximo dia 10 de Março completarei 30 anos. Aproveitando a solenidade da data, lanço um novo passatempo. Para participar deverão enviar um e-mail para o endereço oficial deste blog (groom2009.07.04@gmail.com), indicando uma sugestão para uma actividade a desenvolver na comemoração do aniversário. O prazo limite será 29 de Fevereiro. Serão posteriormente divulgadas as melhores ideias no blog. Quem tiver a melhor ideia de todas (de acordo com os misteriosos e insondáveis critérios de selecção do noivo) será contemplado com um convite para a comemoração do aniversário, podendo assim conhecer pessoalmente o noivo.

Fico a aguardar as vossas sugestões. E relembro que continua a decorrer o passatempo 666 (ver post do dia 10-09-2007).

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Ora agora pino eu...

Mais vale tarde do que nunca. Termina hoje toda a expectativa criada com a foto do pino. Finalmente cumpro a promessa e publico a tal foto. Obviamente tomei todas as precauções para preservar a minha identidade.



Agora vou começar a pensar no próximo passatempo (sem esquecer que continua a decorrer o passatempo 666, que a este ritmo estará concluído em 2017, mesmo antes do aeroporto de Alcochete.)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Mais crianças para Portugal: a solução

Conforme prometido, e após prolongada reflexão, apresento-vos as minhas propostas para a resolução da grave crise de natalidade que afecta o nosso país.

Nos últimos tempos temos tido diversos exemplos de programas públicos de incentivos à natalidade, quer por parte do Estado central (recorde-se o caso do subsídio pré-natal ou os escalões diferenciados do IRS), quer a um nível mais local (atribuição de subsídios à natalidade por parte das autarquias, sobretudo do interior). Contudo, parece evidente que esses benefícios não têm o efeito catalisador que os seus criadores ambicionam. Isto poderá dever-se ao facto de esses incentivos não serem suficientemente motivadores (os subsídios são uma ajuda importante para muitas famílias, mas não compensam minimamente a despesa acrescida que representa ter um filho). Por outro lado, os portugueses parecem ser mais sensíveis a medidas restritivas do que a medidas de incentivo.

Julgo, pois, ser necessário criar um novo imposto. O imposto deve partir da premissa de que a reprodução é uma obrigação patriótica. Assim, e porque é sobretudo do ciclo biológico da mulher que depende o nascimento de uma criança, deve traçar-se um objectivo mínimo de nascimentos por mulher. Suponhamos, por hipótese, que se define como objectivo que cada mulher dê à luz três filhos (no mínimo), até atingir a idade dos 40 anos (apesar de ser frequente as mulheres conceberem cada vez mais tarde, é sabido que com o avançar da idade aumentam os riscos relacionados com a gravidez, quer para a mulher, quer para a criança, e que se reduzem as probabilidades de sucesso na concepção). Então, no caso específico das mulheres, estas deveriam começar a pagar um imposto específico a partir de determinada idade (suponhamos os 25 anos, pois até esta idade as mulheres já teriam tido a oportunidade de conceber três filhos), sendo o mesmo reduzido a partir do momento em que tivessem um filho, e ainda mais quando tivessem o segundo filho. Ao dar à luz o terceiro filho, a mulher passaria a estar isenta do imposto e iria ter direito ao reembolso da totalidade do imposto já cobrado durante toda a sua vida (desde que concebesse o terceiro filho até aos 40 anos). Caso não tivesse os três filhos, continuaria a pagar sempre o imposto (em função do número de filhos) até à idade da reforma. Ficariam isentas, em todo o caso, as mulheres que comprovadamente fossem estéreis.

Poderão colocar-se algumas objecções a esta proposta: trata-se de uma proposta discriminatória em função dos sexos; o homem é desresponsabilizado do processo da concepção; e a mulher poderá ficar refém da vontade masculina de ter filhos, recaindo exclusivamente sobre ela a penalização relativa ao incumprimento. No primeiro caso, de facto existe uma discriminação, mas é verdade também que os papéis masculinos e femininos na concepção não são iguais e, como referi atrás, é sobretudo a mulher que gere todo o longo processo da concepção, necessitando apenas de um homem no seu momento inicial. O homem não é, na verdade, desresponsabilizado, pois eu preconizo que este compromisso patriótico deve levar à criação de uma base de dados composta por homens em condições de poderem conceber (clinicamente aptos e dentro do intervalo de idades compreendido entre os 18 e os 50 anos, por hipótese), estando os mesmos inteiramente disponíveis para prestar auxílio à concepção a qualquer mulher que assim o entenda (que assim deixa de ficar refém da vontade masculina). Neste caso, a mulher poderá optar por engravidar a partir de um determinado indivíduo, por hipótese marido ou companheiro, mas poderá também escolher recorrer à tal base de dados. O homem inscrito voluntariamente na base de dados não poderá recusar o seu auxílio sob pena de ser excluído da base de dados. Os homens poderão ainda renunciar à base de dados caso sejam estéreis, no caso de manterem um relacionamento estável com uma ou mais mulheres (casamento ou não; admita-se a poligamia) e por objecção de consciência. No último caso (há que admitir a existência de homossexuais, clérigos, entre outros), deverão pagar um imposto a partir dos 18 anos ou da idade da renúncia ou exclusão da base de dados, até à idade da reforma. No caso de manter relacionamento estável heterossexual mono ou poligâmico, o homem poderá escolher entre constar ou não da base de dados, sujeitando-se às suas regras se decidir integrá-la, ou pagando um imposto no mesmo molde das mulheres, até que todas as mulheres com quem mantenha esse relacionamento estável concebam no mínimo três filhos (no momento em que tal suceder será reembolsado na totalidade de todo o imposto pago).

Numa proposta paralela, sucedânea ou complementar (isto seria o ideal), apostar-se-ia na imigração de mulheres em idade fértil, a fim de se recolherem num centro de procriação, no qual teriam acesso a todas as condições básicas de vida, num investimento totalmente financiado pelo Estado. O seu compromisso seria a concepção de um número mínimo de crianças (por hipótese 8), num determinado espaço de tempo (digamos, 12 anos). O recrutamento dos procriadores masculinos seria feito nos moldes da proposta anterior, através de uma base de dados. Após os 12 anos de serviço de procriação, as mulheres teriam direito à cidadania portuguesa e a uma pensão vitalícia.

O segundo programa tem o inconveniente de gerar mais despesa para o Estado, mas, numa situação ideal de coexistência com o primeiro, poderia ser financiado por este.

E assim se resolveria o problema da natalidade em Portugal.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Ota ou Alcochete?

É a questão que domina a actualidade mediática: qual a melhor localização para o futuro aeroporto internacional de Lisboa?

Não sendo algo muito frequente neste blog, não podia, contudo, de emitir a minha opinião acerca de um assunto que, entre outros aspectos, tem um forte cariz político. A decisão acerca da localização do aeroporto, embora suportada por pareceres de carácter técnico, tem uma forte componente política. Não é minha intenção pronunciar-me sobre os aspectos técnicos, pois não serei seguramente a pessoa mais indicada para o fazer. O meu comentário aborda sobretudo a vertente política da decisão. E para tal decidi socorrer-me de dois especialistas, duas importantes individualidades que têm faro para as questões políticas, se assim podemos dizer.

Comecei por interrogar o meu gato:
– Panchito: Ota… ou Alcochete?
O Panchito, assim que ouviu a palavra “Ota”, interrompeu de imediato o seu repouso sagrado, deitado no seu leito, olhou-me com convicção e miou de forma decidida. Ao ouvir a palavra “Alcochete”, o felino limitou-se a desviar o olhar com indiferença, regressando ao seu venerável repouso. Torna-se assim evidente que o Panchito, sem qualquer hesitação, prefere a Ota.

Dirigi-me posteriormente ao meu cão, questionando-o da mesma forma:
– Rex: Ota… ou Alcochete?
O Rex pareceu surpreendido com a questão e limitou-se a emitir um ligeiro latido, quase imperceptível, após a palavra “Alcochete”. Percebendo a indecisão do animal, repeti a questão. Novamente, o Rex devolveu-me a mesma resposta, exactamente no mesmo timing. Começo a perceber a preferência do canino por Alcochete, ainda que com reservas. Mas, para clarificar as coisas, decidi repetir uma vez mais a difícil pergunta. Desta vez o Rex respondeu de forma clara, sem qualquer hesitação, lambendo-me a mão após a palavra “Alcochete” e revelando de forma inequívoca ser esta a sua preferência.

Após a consulta a estas elevadas patentes do comentário político, concluo com naturalidade que a sociedade portuguesa se encontra dividida entre ambas as localizações. Alguns argumentam de forma decidida, enquanto outros parecem preferir um discurso mais ponderado; muitos analisam o problema de forma emocional, enquanto outros preferem dissecar a questão sob um ponto de vista mais racional. Quanto a mim, e depois de constatar abordagens tão distintas por parte de personalidades tão extraordinárias, prefiro remeter-me ao silêncio e reduzir-me à minha insignificância.

sábado, 5 de janeiro de 2008

O implacável ser invisível

Há uma semana atrás fui vítima de uma agressão vil e cobarde. Dirigi-me a um restaurante para efectuar uma reserva para a passagem de ano (não é preciso ter ciúmes, minhas queridas amigas, pois tratou-se apenas de um jantar que reunia um grupo de bons amigos, em perfeita harmonia de reveillon). Devo referir que fui apenas efectuar a reserva e deixei o carro mal estacionado (espero que ninguém da Polícia Municipal leia este blog). Estava, pois, cheio de pressa para regressar à minha viatura, que deixei a trabalhar, num lugar reservado a deficientes (e quase fazia jus ao lugar…). Saí disparado, a correr, quando fui surpreendido por um ser invisível que me bateu violentamente no nariz. Imaginem a minha surpresa ao ser inesperada e barbaramente agredido no nariz sem ter dado conta previamente de qualquer ameaça potencial!

E eis que se fez luz no meu espírito, algo apagado naquele dia, quando ouvi um impacto violento do ser invisível contra a parede, no instante imediato após a agressão de que fora vítima. Percebi então que se tratava de uma porta de vidro que estava lá, tranquilamente fechada, à espera que alguém a abrisse delicadamente e com toda a tranquilidade. A minha corrida desenfreada de cinco metros sem obstáculos terminou com toda aquela pacatez, própria de um restaurante ainda fechado ao público, ao perturbar o repouso transparente daquela porta. E ela era de facto transparente, daí a sua invisibilidade. A pancada foi forte e violenta; a porta, feita de um vidro espesso, pesada, acabou projectada contra a parede, abrindo num ângulo de 90 graus e produzindo um ruído verdadeiramente apocalíptico. Pensei, por instantes, que tinha destruído aquele ser invisível, despedaçando-o em mil bocados apenas com a força de projecção do meu nariz. Mas não, a porta era resistente e não partiu, apesar da violência do embate (ou dos dois embates, se preferirem: primeiro com o meu nariz, e depois com a parede).

Depois, pude finalmente preocupar-me com o meu nariz. O choque inicial, mais do que dor, provocou-me uma enorme surpresa, pois não estava mesmo nada à espera de uma interrupção tão firme na minha corrida decidida. Pensei então, na minha ingenuidade mais pura, que estava tudo bem com o meu nariz e que poderia seguir o meu caminho, dado que a porta até tinha ficado inteira. Reparei, porém, que os funcionários do restaurante, que tinham acabado de chegar para preparar a recepção aos inúmeros clientes de uma noite fria de sábado, olhavam para mim de uma forma esquisita, como se eu fosse portador da peste bubónica. Contrariamente ao que pensava, estava a sangrar abundantemente pelo nariz.

Pela primeira vez na vida fui assistido pelo INEM. Espero, se tal se repetir, que seja em circunstâncias semelhantes, pois acabou por ser uma experiência pouco dolorosa e, de alguma forma, bem-disposta. Não parti o nariz, apenas fiquei com o nariz inchado, negro e com uma pequena ferida e já estou quase pronto para outra.

Tranquilizai-vos, pois, minhas queridas noivas, não há ser invisível que impeça o meu casamento. Estou aqui de braços abertos, (quase) intacto, à espera do meu amor, da minha paixão. Simplesmente não vos recomendo que comam arroz de cabidela nos próximos tempos, nos restaurantes de Coimbra.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Mensagem de Ano Novo de Sua Excelência, o Noivo

Minhas queridas amigas e potenciais candidatas a noivas,

Chegou ao fim o ano civil em que se estreou este blog. Fazendo um balanço preliminar, podemos afirmar com segurança que foi um ano difícil, marcado por uma crise de candidaturas muito pronunciada. Efectivamente, não houve ainda nenhuma candidata voluntária (a única candidata, Anna Semenovich, é uma candidata VIP que não sabe sequer que o seu noivo existe e está aqui desesperado à espera da sua querida patinadora russa). A crise é evidente e não adianta enterrar a cabeça na areia. Sabemos que existirão movimentos de oposição ao casamento que procurarão por todos os meios retirar desta crise dividendos nupciais. Mas não é nossa intenção desistir. Continuaremos firmes e de cabeça erguida em busca da noiva tão ansiada.

2008 será um ano certamente melhor do que 2007. Lutaremos com todas as nossas forças contra os obstáculos que se nos depararem e procuraremos levar por diante as nossas ideias, de forma a cumprir os objectivos pré-determinados. A oposição tentará, como tem feito, impedir a prossecução dos projectos matrimoniais por nós delineados, mas a nossa determinação e o nosso compromisso com todas as candidatas a noivas serão mais fortes. Estaremos sempre disponíveis para ouvir os pontos de vista daqueles que se nos opõem, mas jamais colocaremos em causa aquilo que são as metas traçadas com vista ao casamento em 7 de Julho de 2009. Tentaremos fazer deste ano civil que agora se inicia um ano mais profícuo em criatividade nupcial, um ano em que haja maior atractividade para a apresentação de candidaturas. E face a esse clima matrimonial mais favorável que procuraremos incentivar, começarão a surgir, naturalmente, as candidaturas tão necessárias para o saudável desenvolvimento do processo nupcial.

Sabemos que há ainda muito por fazer (não esquecemos, por exemplo, o inesperado atraso na fotografia a fazer o pino, mas estão a ser criadas as condições para que possamos entrar na fase de conclusão da obra). Todavia, orgulhamo-nos da obra feita e continuaremos a trabalhar em prol da comunidade, desde candidatas a simples convidados, de modo a podermos oferecer aos nossos filhos um futuro mais brilhante.

Desejamos, pois, a todos os intervenientes no casamento um ano de 2008 muito feliz e com muito sucesso, sobretudo na esfera matrimonial.