Contagem decrescente

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Ho! Ho! Ho!

Desejo a todos quantos lêem este blog um Natal muito feliz. Ao Pai Natal peço apenas que me traga a minha noiva...

domingo, 16 de dezembro de 2007

Mais crianças para Portugal

O Presidente Cavaco Silva lançou há dias a terrível questão: “o que é que é preciso fazer para que nasçam mais crianças em Portugal?” Preocupado com esta temática, e naturalmente desejoso de poder contribuir para a resolução do problema, o vosso noivo preferido decidiu reflectir sobre o caso em questão (esta expressão traz-me à memória as longínquas aulas de Economia Internacional e as saudáveis confusões com a economia desse belo país que é o Cazaquistão; mas quem não teve a sorte de ter sido pupilo do Professor Júlio Mota, na FEUC, não sabe do que eu estou a falar).

Muitas são as sugestões que ouvimos frequentemente na praça pública. Pedro Abrunhosa não se coibiu, em tempos, de sugerir um pragmático “talvez foder”. Devemos atentar, porém, que o simples acto da fornicação, em si mesmo, não é condição suficiente (embora seja condição necessária, pois, apesar de podermos considerar a inseminação artificial como um método alternativo, nada é mais simples e barato que a introdução determinada de um pénis vigoroso numa vagina acolhedora). Copular em larga escala não garante, pois, por si só, a subida da taxa de natalidade. Com efeito, e face aos diversos métodos contraceptivos disponíveis, hoje em dia é perfeitamente possível manter relações heterossexuais sem o temível receio de conceber uma criatura. Isto já para não falar nas escolhas alternativas de sexualidade, de que é exemplo máximo a homossexualidade (esses bem podem foder como se não houvesse amanhã, que nunca hão-de conseguir contribuir para aumentar o número de criancinhas).

Outras mentes mais infantis (hoje em dia só mesmo criancinhas de muito tenra idade) poderão pensar numa solução mais ecológica, nomeadamente na criação de condições infra-estruturais para o incremento da população de cegonhas. Obviamente isto não resulta, pois como toda a gente sabe, com os constrangimentos relacionados com a gripe das aves, hoje em dia não é permitido o tráfego aéreo internacional de cegonhas, ainda que dentro do espaço Schengen. Isto inviabiliza por completo as viagens das cegonhas de França para Portugal, ainda para mais transportando bebés. Seria terrível se uma cegonha portadora do vírus H5N1 deixasse cair um bebé em pleno voo ao abrir o bico para espirrar.

Outras soluções, mais ou menos elaboradas, são apontadas por sectores distintos da sociedade, desde incentivos financeiros à natalidade, combate à precariedade no emprego, construção de mais creches e jardins-de-infância, entre outras medidas. Penso que todas estas medidas podem dar um contributo para que haja mais crianças, mas devo confessar algum cepticismo quanto ao seu grau eficácia. Na verdade, penso que o contributo global destas medidas seria diminuto, sobretudo no curto prazo.

E é por tudo isto que eu penso ser forçosa a tomada de medidas mais radicais, que garantam de facto, e tão cedo quanto possível, um aumento sustentável e evidente da taxa de natalidade. As soluções que preconizo ficam para um próximo post, deixando no ar esta questão em aberto, para reflexão de todos quantos lêem este blog.

Aproveito para informar que já consigo fazer o pino. Agora é só reunir as condições adequadas em termos de logística e de agenda para poder tirar a tal foto tão aguardada.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Pinar não é fácil

Quando lancei o passatempo sobre a foto a ser publicada neste blog estava longe de imaginar a alhada em que me estava a meter. A alternativa vencedora, que me obriga a tirar uma foto a fazer o pino, colocou-me perante uma verdadeira tarefa hercúlea. Fazer o pino não é tão fácil como parece. Longe vão os tempos em que eu, sem qualquer hesitação ou dificuldade, me lançava no abismo e ficava de pernas para o ar. Era um verdadeiro pinante.

Agora as coisas estão mais complicadas. Em dez tentativas consecutivas obtive o mesmo número de insucessos. Tenho as atenuantes de já não tentar há muito tempo (um gajo perde a prática e depois é lixado), de estar de botas (sempre é um peso extra), de ter tentado num espaço muito reduzido (muitas foram as vezes em que o movimento ascendente das minhas pernas foi travado por alguns vasos de flores que se encontravam próximos) e de ter acabado de chegar a casa depois de uma sessão de ginásio (completamente esgotado, naturalmente).

Prometo continuar a tentar, de preferência noutras circunstâncias mais propiciadoras do acto do pinanço propriamente dito. Assim que conseguir vou tentar tirar a foto (outra dificuldade, por ter que conseguir fazer o pino na janela de tempo adequada e no enquadramento espacial correcto).

Em jeito de desabafo, que diabo, mais valia tirar uma foto nu.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Candidata VIP #1

O prometido é devido. Apresento-vos, meus caros leitores (gajas e gajos, mas sobretudo gajos e lésbicas, por razões óbvias, que saltam à vistam), a minha primeira candidata a noiva.



Chama-se Anna Semenovich e é a principal razão pela qual eu votaria Manuel João Vieira para a presidência da República (relembro que foi ele que prometeu uma patinadora russa para cada português, caso fosse eleito). Recentemente integrou também a girls-band russa Blestyaschiye (podem dizer “santinho” porque eu estou mesmo constipado) e já deu os primeiros passos como actriz. É, pois, uma rapariga muito dotada (a foto não me deixa mentir), com qualidades mais do que suficientes para que eu a considere como uma candidata muito séria para o anunciado enlace matrimonial.

Tenho muita pena que o mês de Novembro esteja a terminar, pois o virar de página do calendário que tenho no meu quarto vai retirar de cena esta miúda, que todos os dias me faz acordar muitíssimo bem-disposto. É esta a razão pela qual eu decidi agraciar esta monumental mulher com o privilégio de ser a primeira candidata (ainda que ela não saiba).

Chamo a atenção, apenas aos mais distraídos, para o fenomenal par de… olhos. E recomendo uma pesquisa mais volumosa num qualquer motor de busca, para quem quiser confirmar os dotes da moça (se é que ainda restam dúvidas).

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Férias!

Estou de férias! Não me apetece fazer um caralho! Mas vou tentar dedicar mais atenção à busca pela minha noiva. Pode ser que a encontre por aí, num destes gélidos dias de Outono, que os nossos olhares se cruzem e que o casamento fique de imediato inscrito nas páginas do destino. E pode ser também que eu consiga finalmente pinar, de modo a dar cumprimento ao resultado da sondagem já concluída, e que tenha o ânimo que me tem faltado para apresentar a primeira candidata a noiva. De qualquer forma, esta longa espera vai ser devidamente recompensada...

E antes que me esqueça, devo informar os meus parcos mas respeitáveis leitores que concluí na passada sexta-feira a bonita idade de 1550 semanas de existência. Muitos dirão que já tenho idade para ter juízo. Mas a esses só poderei deixar o meu pedido de desculpas antecipado pela desilusão que lhes possa causar.

E já agora, feliz Natal!

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

O regresso do noivo

Peço desculpa pela ausência nos últimos dias. Tive uns problemas informáticos para resolver e fui forçado a manter o silêncio. Mas já é tempo de tirar o sono a mais uns quantos indivíduos com a verborreia mental que me assiste. A inspiração vai voltar a iluminar-me o espírito e as postas vão regressar em força (se não for de outra forma, que seja no prato, pois até já falta pouco para o Natal).

Em breve será anunciada a primeira candidata a noiva. E, claro, eu não me esqueci da tal foto do pino...

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Tá a fazer o pino!

Está encerrado o inquérito! Apenas 9 leitores deste blog votaram, mas, independentemente do número, a sua vontade será respeitada. Os resultados são esclarecedores:
- 7 pessoas querem uma foto minha a fazer o pino;
- 1 pessoa pretendia que eu tirasse uma foto nu (felizmente esta hipótese não ganhou, porque já está fresquinho e eu não quero diminuir ainda mais a audiência deste blog);
- 1 pessoa gostaria de visualizar o meu umbigo (posso assegurar que é um umbigo igual a tantos outros, não tem nada de especial);
- ninguém quer ver a maior cicatriz do meu corpo (já que ninguém quer saber, não vou sequer revelar onde é).

Assim sendo, nada mais me resta do que fazer a vontade à maioria. Em breve (não sei bem quando) tirarei uma foto a fazer o pino (a pinar, portanto). Entretanto, vou ter que pensar como raio é que vou conseguir tirar uma foto a fazer o pino, mas alguma coisa se há-de arranjar. Não desesperem, pois, se isto demorar algum tempo. A promessa está feita: a foto será publicada.

sábado, 20 de outubro de 2007

Under Satanae

“Masturbar-me-ia sobre a tua divindade,
Enrabar-te-ia se a tua fraca existência
Oferecesse um cu à minha incontinência;
Meu braço o coração te viria a arrancar
Para com o meu fundo horror melhor te penetrar.”

Com estas linhas, da autoria do saudoso Marquês de Sade, lanço o mote para uma sugestão auditiva: o novo trabalho dos Moonspell, “Under Satanae”. Não sendo um álbum novo, na sua essência, trata-se de uma regravação de temas antigos, do EP “Under The Moonspell” (1994) e das demos “Anno Satanae” (1993) e “Serpent Angel” (1992). É, sem dúvida, um trabalho de inquestionável qualidade, cuja audição não deixa ninguém indiferente (para o bem ou para o mal). São 50 minutos e 32 segundos do melhor black metal luso! Um excepcional aperitivo para o novo álbum, que aguardo com insaciável expectativa, e que deverá chegar aos nossos ouvidos e licantrópicos corações em 2008. Não percam!

“I worship thee, (for) they are my weapons to hurt god.”

domingo, 14 de outubro de 2007

A boda

Pondo de parte as rimas fáceis, há um assunto ao qual eu não tenho dado a devida atenção: a boda. Qualquer casamento que se preze envolve uma boda com convidados, comida, bebida e muita animação. E foi a pensar na animação que recuperei um anúncio que encontrei há já algum tempo.



E esta seria, com certeza, uma boda com animação garantida…

domingo, 7 de outubro de 2007

Novo passatempo / sondagem

Não tenho postado com a regularidade que se impõe e que eu próprio desejaria. Tenho consciência disso e por tal peço desculpa às minhas queridas leitoras e aos meus, vá lá, amigos leitores. A minha fraca produtividade não se deve, ao contrário do que muitos pensarão, a um desinteresse crescente e a uma desmotivação avassaladora nesta minha busca pela minha noiva. Pelo contrário, estou mais determinado que nunca, apesar de ainda não ter qualquer indício positivo, qualquer aperitivo nupcial, nesta minha epopeia cupidesca suicida (se encararmos Cupido como um tipo de fraca pontaria que anda a disparar flechas em todas as direcções, e assumindo eu, neste caso o papel simultâneo do atirador e do alvo, podemos encarar isto como uma tarefa suicida).

Também não é por falta de inspiração que tenho escrito tão pouco. Basta pensar na minha noiva, algures por aí, com o seu destino traçado no horizonte para se cruzar com o meu, para logo se me encher a veia criativa e começarem a jorrar as ideias que alimentam este blog.

Dois factores têm contribuído para o meu fraco desempenho quantitativo (e quiçá qualitativo, mas isso já não é a mim que compete avaliar): a falta de tempo e os problemas informáticos. Falta de tempo, porque entre trabalho e outros afazeres pouco tempo me resta para o lazer propriamente dito. Por exemplo, completei recentemente o meu sexto mês de ginásio, o que constitui um marco importante, como barreira psicológica. Mantenho um grande entusiasmo nesta actividade, talvez até de forma crescente, mas acaba por me retirar muito tempo, pois sempre são três sessões semanais. De qualquer forma, faço-o com toda a vontade e determinação, pois quero estar em plena forma quando encontrar a minha noivinha. Os problemas informáticos têm-me abrandado substancialmente a veia criadora, na medida em que me obrigam a perder tempo para os resolver e porque me impedem de aceder ao blog. Espero, todavia, ultrapassá-los, em breve.

Para vos compensar, decidi revelar um pouco mais de mim. Desta forma, vou lançar um novo passatempo, se assim lhe podemos chamar. Poderão agora escolher uma de quatro possibilidades na sondagem já disponível neste blog, que coloca nas mãos das leitoras e dos leitores a foto que publicarei aqui. Tirarei uma foto, a publicar de acordo com a opção mais votada até ao final do mês de Outubro. Podem decidir se vou tirar uma foto nu, à maior cicatriz do meu corpo, a fazer o pino ou ao meu umbigo. Agora é só votar!

O sonho de Roberto Leal

Na passada sexta-feira, em pleno feriado de 5 de Outubro, em entrevista ao serviço noticioso matinal da RTP 1, Roberto Leal, ao apresentar o seu novo álbum, confessou que o seu maior sonho é, e passo a citar, “ter todos os tambores e todas as gaitas… de foles”. A pausa estava lá, para quem quisesse ouvir: “gaitas… de foles”. Não para de nos surpreender, este Roberto, sempre leal aos seus princípios.

domingo, 30 de setembro de 2007

O ninho da águia

Ontem estive no templo supremo. Estive no Estádio da Luz. Infelizmente, a cerimónia não foi tão grandiosa quanto exigiria a imponência do templo. O Benfica não ganhou o derby lisboeta, mas a simples passagem por aquele estádio torna inesquecível a epopeia.

Igualmente inesquecível foi o voo da águia Vitória. Único!

sábado, 22 de setembro de 2007

Sili... quê?



Encontrei este artigo há uns tempos na prateleira de um supermercado. O termo “prateleira”, na frase anterior, não foi premeditado! Alguém precisa… disto, seja lá o que isto for?

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Um trimestre a ver navios

O primeiro trimestre deste blog já lá vai e continuo a ver passar navios. Noivinhas, onde é que vocês andam, minhas queridas? Não tenho nem uma pretendente! Eu confesso que cheguei a ambicionar constituir o meu harém com, pelo menos, meia dúzia de noivas, mas se isto continua assim vou ter que me render à monogamia, ou, pior ainda, terei que me encerrar num mosteiro qualquer, em regime de profunda clausura (o que seria um problema, dados os meus antecedentes religiosos). Vocês não querem que isso aconteça, pois não?

Estive este domingo na Maternidade Dr. Daniel de Matos. Fui lá visitar o mais novo rebento da minha família, filha de um primo meu. Disse-me a minha mãe que foi ali, naquele estabelecimento de saúde, que eu nasci. Senti-me como se estivesse a voltar às origens. E ao inspirar todo aquele ar de natividade, pensei para comigo como seria bom, quando tivesse a minha noiva, dedicar-me de alma e coração ao desígnio da procriação (nunca sem antes contrair matrimónio, como manda a santa Igreja), de forma a constituir a minha equipa de futebol. Já não digo futebol de 11, mas pelo menos futsal. Sim, acho que cinco filhos machos seriam suficientes. Mais as raparigas que fossem nascendo pelo meio. Essas, acho que as metia a fazer triatlo e judo, para serem as sucessoras da Vanessa Fernandes e da Telma Monteiro.

Espero ansiosamente por ti, minha noiva, futura mãe dos meus filhos. Eu sei que ainda falta algum tempo para o casamento, mas é preferível que comecemos a preparar as coisas com alguma antecedência para que nada falhe. Portanto, abre-te para mim, apresenta a tua candidatura a noiva. Não custa nada, é só mandar um e-mail. E poderemos então viver o resto das nossas vidas na mais radiante felicidade.

sábado, 15 de setembro de 2007

Politiquices

Não costumo falar muito sobre política. Até gosto, de alguma forma, dessa nobre arte, mas a maneira execrável como é tratada por aqueles que a ela se dedicam profissionalmente faz com que eu sinta a necessidade de me distanciar, de não comentar, de me abstrair. Hoje abro uma excepção.

Se tivesse que me definir politicamente diria que sou um utópico de esquerda rendido ao liberalismo. Do ponto de vista religioso, como já deixei claro anteriormente, sou ateu. No fundo, a minha religião é o Benfica. Queria deixar isto bem claro, antes de prosseguir.

Esta semana fica marcada pela vergonha. O Dalai Lama visitou Portugal e nem o Presidente da República, nem o Governo, se dignaram recebê-lo. Foi Jaime Gama, Presidente da Assembleia da República quem representou o Estado português, numa breve recepção ao líder espiritual tibetano. É certo que Gama é o número 2 na hierarquia do Estado, mas será que a visita do Dalai Lama não merecia outro tipo de postura por parte do Governo e do Presidente da República? Quando cá vier o Papa é vê-los a todos a ajoelharem-se para rezar (?). Hipócritas! E ainda dizem que este é um Estado laico…

Por outro lado, veio um secretário de Estado (um tal que esteve por detrás do processo Nuno Assis, contrariando claramente os interesses portugueses) criticar duramente o alegado soco de Scolari, juntando-se-lhe também o Presidente da República no severo coro de protestos. Não pretendo defender Scolari, até porque concordo que não foi bonita a sua atitude. Mas que autoridade moral têm estes senhores para condenarem Scolari, mesmo antes deste apresentar os seus argumentos de defesa e as suas desculpas pelo incidente? Mais uma vez, não defendo a atitude de Scolari, mas não será preferível que estes senhores estejam calados em vez de virem pôr em causa os interesses nacionais ao exigirem a cabeça do seleccionador nacional? Não lhes peço que venham defender publicamente Scolari, mas pelo menos não venham dar mais um pretexto à UEFA para agir de forma dura sobre o técnico brasileiro. Porque se nós próprios, portugueses, através das mais altas individualidades da nação, o condenamos de forma tão veemente, não tenho dúvidas de que os senhores do feudo europeu do futebol não hesitarão em aplicar-lhe um golpe de misericórdia.

E dizem-se estes senhores patriotas, eles que nem tomates têm para enfrentar a diplomacia chinesa e receber o Dalai Lama, só porque não lhes convém. E se pensarmos que o drama de Timor aconteceu há tão pouco tempo e que na altura tantas foram as vozes com discursos bonitos de apelo à paz… Mas o Tibete é lá longe e não nos diz nada, não é? E já agora gostava de saber como reagiriam estes senhores se alguém lhes chamasse filhos da puta na cara. Ou será que tinham razão aqueles que há uns anos gritavam “putas ao poder, que os filhos já lá estão”?

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Passatempo 666

Tenho tido algum feedback dos textos que aqui partilho com os meus leitores. E nem sempre o feedback é positivo (basta ler os comentários). Há quem ache que eu escrevo demais sobre o Benfica, que dedico pouca atenção às noivas, que por vezes me excedo na linguagem. Enfim, críticas que eu respeito, mas que não me preocupam muito, pois eu escrevo o que me vai na alma e nem sempre me apetece discorrer sobre as noivas (esta expressão é muito bonita), há dias em que almejo enaltecer o meu Benfica (e quando almejo enaltecer, enalteço) e também tenho os meus momentos em que simplesmente me dá na telha mandar umas caralhadas.

Mas como gosto de agradar aos meus leitores, e mais especificamente às minhas leitoras, decidi redimir-me de tudo aquilo que me acusam e lançar um passatempo. Pois bem, já terão reparado que aqui o blog do noivinho tem um contador de entradas (“Visitas aos noivos”). Infelizmente não é o contador de pinanços aqui do vosso amigo, mas quando encontrar a minha noiva, prometo-vos que em pouco tempo ultrapasso a quilometragem deste espaço. Ora o passatempo é muito simples e consiste no seguinte: será atribuído um prémio à leitora que conseguir aceder a este blog com o contador a marcar o número 666 (não perguntem porquê, simplesmente gosto do número). O prémio destina-se apenas a leitoras do sexo feminino não casadas (candidatas a noivas, portanto), e consiste num jantar (já que a noiva não vem ao noivo, vai o noivo à noiva – mais uma expressão dúbia). Para reclamar o prémio, a feliz contemplada terá que enviar um mail para o endereço oficial do blog (ver o perfil do noivo), enviando em anexo um print screen do blog a marcar o número 666 no contador das visitas. Nada de complicado, portanto.

Chamo a atenção para não se esquecerem de enviar um contacto para a resposta. E nem pensem em fazer montagens, porque montagens é comigo (ups, peço desculpa pela ordinarice). Eu vou controlar a coisa e não é difícil perceber se o passatempo é ganho honestamente. Se a pessoa que aceder ao blog com o 666 não reunir as condições acima mencionadas, azar, não há prémio para ninguém. O prazo para reclamar o prémio é de uma semana (é mais do que suficiente para fazer um print screen, que tem que ser feito na hora, e enviar o mail). Agora toca a aceder ao blog para isto passar mais rapidamente, pois ainda faltam quase 500 acessos (e a este ritmo nem no Natal).

Boa sorte… e tudo de bom!

sábado, 8 de setembro de 2007

O olfacto...

Ando num ginásio. Faz bem ao corpo e à mente. É uma forma agradável (?) de despertar os sentidos: as vistas são agradáveis (sobretudo quando há aulas de hip hop e body combat: aquilo é só gajas); em determinados aparelhos, elas abrem-se de tal maneira que apetece mesmo ir lá, agarrá-las e… dizer-lhes para terem cuidado para não se magoarem (este vosso amigo preocupa-se com o bem-estar dos, e especialmente das, que o rodeiam); há sempre uma musiquinha que dá mesmo gosto não ouvir (obrigado criadores do mp3); quando acaba a sessãozinha, dá cá uma fome que marcha tudo o que vem ao dente; e, relativamente ao olfacto, quem nunca entrou num ginásio facilmente imagina o cheiro a cavalo que abunda no recinto.

Porém, é outro o motivo que me leva a destacar o poder do olfacto no ginásio. Geralmente vou para o ginásio já equipado e regresso a casa sem passar pelo balneário, pois chego tarde e acabo sempre por terminar os exercícios mesmo em cima da hora de fecho (isto de sair tarde do trabalho todos os dias não é fácil). Mas, por vezes, tenho mesmo que ir ao balneário trocar de roupa antes do exercício. Ora acontece que, nas poucas vezes em que isso acontece, quase sempre me engano na porta do balneário e acabo por me dirigir à porta do balneário feminino, reparando mesmo in extremis, graças ao pictograma, que estou a entrar no balneário errado. Deve ser do cheiro a cona…

domingo, 2 de setembro de 2007

Novo look

Em consonância com algumas alterações de visual que promovi no meu próprio corpo, decidi mudar também um pouco o aspecto gráfico do blog (como já terão notado os visitantes mais atentos). Agora está um pouco mais leve, seja lá o que isso quer dizer, e as transformações não deverão ficar por aqui.

Entre as novidades está um contador que permite saber o tempo que falta para a data do casamento. Parece-me importante. Outra novidade é a alteração do e-mail de contacto. O novo contacto é: groom2009.07.04@gmail.com. Se alguém enviou, nas últimas duas ou três semanas, algum mail para o endereço anterior, peço que reenvie para este, pois não consigo aceder à conta (a IOL é uma merda). Detestaria perder uma candidatura de uma noiva por causa disto…

Peço desculpa a todos os meus leitores pela minha falta de inspiração dos últimos tempos, mas tenho estado de férias, nas últimas duas semanas e meia (isto até parece um título de um filme erótico, mas infelizmente não é). Na verdade, estão mesmo a acabar e em breve deixarei de estar ocupado a coçar a tomatada e poderei, espero, explorar com mais acutilância ofensiva (à Camacho) os pensamentos que me têm abandonado (isto de coçar os tomates implica uma enorme actividade cerebral, porque não se podem coçar os tomates de qualquer maneira).

Expresso ainda o meu enorme regozijo pelos brilhantes triunfos de Nelson Évora e Vanessa Fernandes, dois grandes campeões (de águia ao peito), em defesa das cores nacionais.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Quem sou eu?

Não é fácil falarmos de nós próprios. Olhar para dentro da nossa alma pressupõe uma atitude de afastamento prévio, de distanciamento do eu interior. Procurei, através do site quizzfarm.com, encontrar respostas a algumas questões que eu próprio não conseguiria colocar, por ter dificuldades na concretização desse distanciamento (tenho algumas dificuldades em distanciar-me de mim próprio quando estou sóbrio). Seguem-se algumas das respostas mais relevantes a que cheguei após a realização de alguns testes do referido site.

- A que grupo pertenço?
> Rocker, mosher; gótico; chavalo, urbano, arruaceiro, delinquente.

- Para que desportos fui feito?
> Futebol (soccer), golfe, atletismo, futebol americano / rugby (football).

- Que tipo de pessoa sou?
> Tímido, simpático, divertido.

- Qual é o meu estilo sexual?
> Suave, doce, húmido.

- Em que mundo vivo?
> O mundo de um romântico, de uma criança, de mistério, de um jogador.

- O que é que os meus olhos revelam sobre mim?
> Misterioso, olhos cheios de sofrimento, olhos de diamante.

- Que herói de acção seria?
> Batman, Lara Croft, Indiana Jones, William Wallace, Spiderman.

- Que criatura mitológica seria?
> Fada, sereia, demónio.

- Por que partes do corpo me sinto atraído?
> Cara, mamas, barriga.

- Que terrível assassino seria?
> Jigsaw, Pinhead, Hannibal Lecter.

- De que cor é o meu coração?
> Azul, amarelo, cor-de-rosa, vermelho.

- Como sou eu relativamente ao sexo?
> Apaixonado/húmido; tímido/doce; excitante/exótico; quente/teso.

Os resultados são surpreendentes, até para mim, em alguns casos. De qualquer forma, não sei até que ponto se pode levar isto a sério. Mas achei piada e decidi partilhar isto com os meus escassos leitores.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Ganda Camacho!

Após muita ponderação, achei que não podia deixar passar em branco o regresso de Camacho ao Benfica. Fernando Santos já se foi e não deixa saudades. Camacho regressou para voltar a unir os benfiquistas em torno da equipa e para nos permitir voltar a sonhar.

Obrigado, Nuno Gomes. Força Benfica!

sábado, 18 de agosto de 2007

Dominique

Uma alvorada dominical
Naquela noite sombria
Fez surgir no horizonte
O íntimo de uma flor
Numa orgia dos sentidos,
Num festim sem sentido.
Aos olhos de Satanás
Num refúgio leonino
Jóias que adornam a mais preciosa
Das relíquias sagradas,
Um templo eroticamente revelado
Por entre as curvas do inesgotável desejo.
O odor refrescante da noite escura
Desperta a loucura dos mais sãos
E faz jorrar pela madrugada
Um grito de liberdade e prazer
Contido apenas pelo silêncio
Que ensurdece quem o absorve.
Ao doce toque do deleite
A melancolia da paixão
Por entre carícias teatrais
Que inundam a pele de pura seda
De um corpo pleno de calor
E da brisa que passa pela manhã.
Percorro-te toda como se fosses minha
Mas não te chego a provar
Pois a mão que te procura com ternura
É a mesma que vacila de luxúria
E agradece sem pudor
Ao vil metal que te ilumina.

domingo, 12 de agosto de 2007

Nota explicativa sobre as alucinações

Relativamente à trilogia de alucinações que partilhei convosco, queria tecer alguns comentários, correndo o risco de me armar em Lauro Dérmio. As referidas alucinações ocorreram mesmo, dentro da minha cabeça, naquele episódio dos calções que já aqui relatei, em São Pedro de Moel. A intensidade da música, o sol, entre outros factores, contribuíram para esta amálgama de sensações. Querem alucinar como eu? Comecem por ouvir o álbum The Principle Of Evil Made Flesh, dos Cradle Of Filth. Garanto que é um bom começo…

Alucinação III

A bela donzela detém-se subitamente, ao observar no horizonte o bravo guerreiro. O seu coração palpita, a sua respiração torna-se ofegante e começa a correr desenfreadamente para o seu amado. A corrida parece interminável, apesar das escassas dezenas de metros que os separam. O guerreiro aguarda de braços abertos. A donzela chega junto dele e tenta abraçá-lo com inimaginável avidez. Mas era só uma miragem… A imagem desvanece, e o branco da paisagem começa a transformar-se. Tons de púrpura dominam agora o horizonte, relâmpagos iluminam bruscamente o cenário agora ameaçador, fazendo-se a fúria divina ouvir através de ensurdecedores trovões. Chamas infernais avançam para a apavorada donzela, surge um casulo de fogo que a absorve sem qualquer resistência. O casulo retoma então o seu lugar na demoníaca geometria tridimensional. A donzela vê assim cumprida a punição celestial pelo seu pecado, por ter sucumbido ao desejo.

A ordem infernal encontra-se então reposta. Os casulos de fogo, consumidores de almas pecaminosas, dominam o espaço em todas as suas dimensões. Todavia, uma súbita e insólita energia parece irromper agora de dois casulos afastados e aparentemente não relacionados. A nova força cria um magnetismo poderosíssimo, à medida que dois focos de luz branca se aproximam, irradiando dos dois casulos e quebrando o equilíbrio entre o vermelho do fogo e o negro das trevas profundas. Tudo é destruído à sua passagem e assim que os dois focos de luz se encontram forma-se um corredor luminoso entre os dois casulos, agora já não de fogo, mas de uma alva luminosidade intensa. No seu interior distinguem-se já dois corpos, o guerreiro e a donzela. E à medida que se aproximam, os dois corpos ganham vida. A união completa-se então num beijo que envergonha a eternidade. E à sua volta tudo rui: todos os casulos são consumidos pela luz branca e o Inferno torna-se apenas uma lembrança do passado. Um festival de relâmpagos e trovões anuncia também o colapso do Paraíso, enquanto os dois amantes permanecem indiferentes no seu beijo.

Uma inversão no tempo e no espaço fez retornar os apaixonados destruidores do equilíbrio milenar entre Inferno e Paraíso à sua origem. E eles regressaram ao seu reino longínquo, no meio das montanhas, a um período de paz e harmonia, anterior à guerra que tanta devastação causara e que os conduzira à grande viagem pelo Inferno e pelo Paraíso. E viveram felizes para sempre, sabendo que não mais voltariam a ter que fazer a grande viagem…

terça-feira, 7 de agosto de 2007

C(s)em visitantes

Já agora, permitam-me uma nota de regozijo pelo facto de ter ultrapassado os 100 visitantes neste blog. Noiva é que nem vê-la…

Alucinação II

Uma donzela caminha, maravilhada, entre as nuvens. À sua volta, o branco suave e intangível confunde-se com a alvura do seu vestido de seda. Contempla a tranquilidade que a envolve, enquanto o cenário se vai transformando lentamente, ao ritmo da sua marcha. A elegância do seu corpo, generosamente torneado pelas finas vestes, sobrepõe-se à beleza do meio que a circunda. Pequenas luzes emergem das nuvens e transforma o horizonte numa manta de pontos luminosos. Tudo é branco, incluindo as luzes. A metamorfose do branco, dentro do branco, continua. Tímidas alterações de cenário, mantendo as nuvens e os pontos luminosos como fundo, acentuam a extasiante monotonia. A donzela continua a desfilar, deslumbrada mas também triste, segura mas também melancólica, tranquila mas também só. Percorre o Paraíso.

domingo, 5 de agosto de 2007

Alucinação I

Um bravo guerreiro medieval, armado com a sua espada e o seu escudo, detém-se perante a entrada de uma caverna. Reina a escuridão no interior e no exterior. Da caverna vem um calor que coloca à prova a coragem do homem, que a custo decide avançar, hesitante. Imediatamente se vê cercado por labaredas de fogo. Continua a avançar, protegendo-se com o escudo. À sua volta, as chamas enlaçam-se geometricamente. Figuras de rara beleza, provocadas pelo cenário flamejante, inspiram-lhe sentimentos de medo e de fascínio. Subitamente da tranquilidade emerge a tempestade, as chamas crescem e cercam-no novamente, desta vez de forma ainda mais ameaçadora. O bravo cavaleiro tenta lutar, mas a sua batalha é inglória. As chamas envolvem-no. Surge de súbito um casulo de chamas vindo do alto que absorve o impotente guerreiro. O casulo recolhe então ao seu lugar, e todo o horizonte está repleto de casulos idênticos, geometricamente arrumados num plano imenso. E muitos são os planos de casulos que surgem empilhados, ordenadamente, como se o caos fosse inexistente. Eis o Inferno.

terça-feira, 31 de julho de 2007

Tomatada ao léu

Poderia referir-me a muitos episódios caricatos ocorridos nos dois últimos fins-de-semana, em S. Pedro de Moel. Todavia, há um que não resisto a destacar neste meu palco de confidências.

Estava eu na praia, juntamente com os meus amigos, a contemplar a bela paisagem e a apanhar banhos de sol, quando me apercebo de umas tipas um bocado agitadas, uns metros à nossa frente. Estava a ouvir música e não liguei muito. Na verdade, estava a ter uma experiência alucinatória absolutamente indescritível, ainda não sei bem se provocada pela música, se por outros factores de natureza química (ou até o próprio sol).

Ao fim de algum tempo, lembrei-me de fazer uns alongamentos, só para aliviar um pouco o stress físico e psicológico. Ao esticar-me para a frente, na direcção dos pés, mantendo-me sentado, apercebi-me de que algo de errado se passava com os meus calções de banho. Perante alguma rigidez do tecido, pouco maleável, havia uma abertura considerável junto a uma das pernas, que colocava o meu testículo esquerdo numa situação de verdadeira exposição aos elementos da natureza. Compreendi depois o motivo da agitação das pobres raparigas, que mesmo em frente deliravam com a visão que se lhe oferecia.

E de tal forma foi o impacto da minha tomatada na mente daquelas pobres jovens irremediavelmente traumatizadas, que pouco depois uma delas estava a meter protector solar no rabo de uma outra, mantendo-se ela própria em posição de acoplagem pela retaguarda (vulgo canzana), enquanto massajava, massajava, massajava… E mais tarde, a miúda massajada foi deitar-se sobre uma terceira tipa, aí permanecendo longos minutos, enquanto os dois corpos roçavam de uma forma absolutamente lesbiana.

E isto vi eu, nos raros momentos em que não estava a alucinar com a música. E pensar que tudo isto foi desencadeado pela minha tomatada ao léu…

domingo, 29 de julho de 2007

O noivo no terreno

Os últimos dois fins-de-semana (incluindo este) foram passados pelo vosso noivo preferido em S. Pedro de Moel. Foram duas acções de relações púb(l)icas (sem sucesso), na tentativa de encontrar a noiva que tanto procuro, desta vez no mundo real e não através do espaço cibernético.

De facto, a procura acabou por se revelar infrutífera, mas foi possível observar no terreno que este projecto tem pernas para andar. Há para aí muitas mulheres que anseiam pela chegada do seu noivo encantado. E boas! Quero dizer, bonitas, simpáticas, prendadas (e que ricas prendas) …

Muita coisa haveria para dizer sobre os últimos dois fins-de-semana. Mas eu estou exausto. E felizmente vivo. Cheguei a duvidar da minha capacidade de sobrevivência aos desafios que se me colocaram. Mas cá estou, para continuar a minha busca. Agora vou dormir, que bem preciso.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Michael, o malabarista do playback

Michael Carreira, esse grande vulto da cultura musical portuguesa, protagonizou na passada sexta-feira, em Condeixa, um momento de grande valor artístico. O popular cançonetista, enquanto brincava com o microfone, num movimento próprio dos grandes malabaristas (como o Marco Paulo), acabou por deixar cair o fálico objecto, sem que o playback, entretanto evidente aos olhos dos espectadores, fosse interrompido.

Diz quem viu (e eu não estava lá, felizmente, pois por mais vontade que tivesse de ver o Michael a espalhar-se ao comprido numa suposta actuação ao vivo, só o facto de pensar na possibilidade de estar no dito “concerto” dá-me vómitos) que o moço procurava atabalhoadamente o microfone no meio da escuridão do palco, enquanto a sua voz ecoava indiferente pelo recinto das festividades, ao som da “bela” música romântica.

Já agora, e só para terminar em beleza este discurso nupcial, congratulo-me pelo facto deste blog ter atingido a marca mítica das 69 visitas.

sábado, 21 de julho de 2007

Casamento religioso?

Minhas caras candidatas a noivas, lamento informar que, como devem calcular pelos meus textos mais recentes, a possibilidade de eu vir a ter um casamento religioso é extremamente remota. Digamos que seria maior a probabilidade de eu ganhar o Euromilhões, mesmo sem jogar. E não é difícil perceber porquê.

Em primeiro lugar, eu nutro pela Igreja Católica em particular e por todas as restantes religiões organizadas em geral um ódio visceral, que salta facilmente à vista dos leitores mais atentos deste blog. Daí resulta a minha total indisponibilidade para uma cerimónia matrimonial de índole religiosa.

Em segundo lugar, pergunto eu: mesmo que eu estivesse disposto a tal, haveria algum sacerdote neste mundo, de qualquer religião, disposto a casar-me, sabendo aquilo que penso sobre todas as religiões do nosso planeta? Também me parece que não.

Mas não desesperem aquelas candidatas a noivas que sonharam toda a vida com um casamento de vestido branco, celebrado numa Igreja impecavelmente decorada com flores importadas da Holanda (isto já me interessa...). Não julguem que eu sou um ser insensível e egoísta, que pensa apenas nas suas próprias convicções e ignora totalmente os desejos da futura mulher amada. Não, não sou totalmente intransigente nesta matéria, minha querida amiga (falo agora para ti, que estás já com uma lágrima no canto do olho, a ver já esfumar-se o teu sonho de um casamento abençoado). Se estás tão determinada a casar pela via religiosa, eu digo-te que tudo (ou quase tudo) nesta vida é negociável. E se é tão grande a tão aptidão para a religiosidade, para o acto de submissão que representa ajoelhar e rezar, fica sabendo que podes tirar partido dessa tua abençoada prática na flexão dos joelhos para me convenceres a optar pelo casamento religioso, que tanto te apraz.

Não esqueçam, pois, ajoelhem-se e rezem...

terça-feira, 17 de julho de 2007

O primeiro mês

E aí está o primeiro mês de existência deste blog cumprido. Noiva ainda nem vê-la mas pelo menos já tenho uma média superior a 1 visita diária. E eu não (me) venho cá todos os dias, o que significa que alguém anda a visitar este blog. Certamente alguém que não tem nada mais interessante para fazer…

domingo, 15 de julho de 2007

Carta ao bispo de Viseu (1998)

Em 1998, após a realização do primeiro referendo sobre a despenalização da IVG, escrevi ao Bispo de Viseu a carta que a seguir transcrevo. Aproveito, pois, a recente revelação das minhas “santas” origens para partilhar convosco esta minha incursão contra o clero. Faço notar que, apesar de manter o anonimato neste blog, na carta original assinei com o meu verdadeiro nome.

«Exmo. Sr. Bispo de Viseu,

Antes de mais deixe-me felicitá-lo pela vitória tangencial do “Não” no referendo sobre a despenalização do aborto. É, no entanto, óbvio que se trata de uma vitória muito pouco expressiva, principalmente quando falamos de um país onde se diz que mais de 90% da população é católica e quando essa vitória, além de tangencial, envolve uma abstenção de cerca de 70%. Assim, só posso concluir que a Igreja teve não uma vitória mas sim uma pesada derrota (afinal era dever de todos os católicos votarem “Não” e rejeitarem esta lei; todavia, só pouco mais de um milhão de portugueses se deram ao trabalho de o fazer). Agora só tenho curiosidade em saber como é que o senhor Bispo vai conseguir excomungar mais de um milhão de pessoas que votaram “Sim” (é melhor deitar já mãos à obra que a tarefa é dura!). Eu sou uma dessas pessoas e desde já convido o senhor Bispo a preparar a minha excomunhão.

De tudo isto eu só posso concluir que a Igreja está de facto a perder peso na sociedade portuguesa. Eu sei que é duro para muita gente da Igreja, talvez também para o senhor Bispo, viver num país onde o Estado é laico e onde a Igreja já não tem o peso na governação do país que tinha durante o Estado Novo (ai que saudades desses tempos em que o regime político contribuía para manter uma população imbecil, obediente e sempre pronta a seguir os sábios conselhos da padralhada – tempos gloriosos em que seria impensável a realização de um referendo destes!). Também já vão longínquos os tempos da Santa Inquisição (esses ilustres tempos em que escasseavam os adversários da Igreja, pois esta possuía o santo e divino dom de os poder eliminar ou simplesmente torturar!). Mesmo assim a Igreja continua a ter algum peso na sociedade civil. Mas não há mal que sempre dure e a geração mais jovem, tal como é possível verificar pelas sondagens para o referendo, já não se deixa influenciar tão facilmente pela Igreja. Aliás, até têm vindo a prosperar e a expandir-se os cultos satânicos (a concorrência é lixada)…

Relativamente à questão da despenalização do aborto, é pena que a nova lei não tenha sido aprovada de forma vinculativa no referendo, pois tal só traria vantagens. Imagine o senhor Bispo se na altura em que Vossa Eminência nasceu já fosse possível abortar de forma legal em qualquer estabelecimento de saúde autorizado: certamente o senhor não seria hoje o Bispo de Viseu, o mesmo acontecendo com muitos dos seus colegas de outras dioceses. E talvez tivéssemos hoje na Igreja pessoas mais flexíveis, mais abertas ao diálogo, mais compatibilizadas com a sociedade actual e mais preocupadas com os problemas sociais da população.

Mas voltando ao resultado do referendo, gostaria de lembrar ao senhor Bispo que depois da euforia da vitória do “Não” há que começar já a pensar nas próximas lutas contra os autênticos genocídios que se sucedem no quotidiano da nossa sociedade. Já pensou na quantidade de espermatozóides que são exterminados de cada vez que uma mente diabólica se lembra de utilizar o preservativo no acto sexual? O senhor Bispo deve propor desde já à classe política a criminalização do uso do preservativo. Vamos acabar com essa pouca-vergonha!

Para terminar esta carta gostaria de lhe dedicar um excerto de um poema da autoria de Fernando Ribeiro, líder e vocalista da banda MOONSPELL. Trata-se da letra da música contida na faixa nº11 do último álbum desta banda, “Sin/Pecado”, o qual eu recomendo vivamente ao senhor Bispo (se estiver interessado em ouvir verdadeiro metal, ouça também algumas melodias dos Cradle of Filth, Dimmu Borgir, Samael, Darkthrone, Dark Funeral, Deicide, entre outros). Mas passemos então ao prometido excerto da canção “Let The Children Cum To Me”:

“(…) They say that God is inside us all, and sometimes He is
not in the way that I have preached for to wish to
but God is my lover and I love Him too

He acts in mysterious ways
He has such mysterious shapes
‑ I know them all from inside out
and in one by one I do believe – no matter how

and They say that the tongue who prays is the tongue which licks
and that the ones who kneel in four shall stand
to be loved by God without having the grace
to see who is behind them now, wearing God’s face (…)”.

Respeitosamente, “vobiscum Satanas”

[Weddingland], 25 de Setembro de 1998

[The Groom]»

sábado, 14 de julho de 2007

Couceiro, o escavador

Eu escavo, tu escavas, ele escava, nós escavamos, vós escavais, eles escavam. Mas ninguém escava tanto como o Couceiro. Que merda de treinador!

quinta-feira, 12 de julho de 2007

O meu sangue clerical

Tive ontem uma revelação bombástica: corre nas minhas veias sangue clerical. Pois é, descobri que sou descendente de um padre. Parece que uma das minhas bisavós foi criada por famílias de acolhimento, nunca tendo chegado a conhecer os pais biológicos. Ela nunca soube quem foi a sua mãe, nem o seu pai. Mas relativamente a este último, sabe-se que o padre lá da paróquia, de cada vez que recolhia o abonozito anual, junto dos paroquianos, deixava sempre uma generosa quantia junto da família de acolhimento da minha bisavó, o que faz supor que o clérigo terá andado a molhar o divino pincel na genitália pagã da minha incógnita trisavó.

Se isto seria já chocante para o comum dos mortais, muito mais o é para mim, que sou absolutamente ateu e incorrigivelmente herege. Só para dar uma ideia, enquanto escrevo estas linhas estou a ouvir uma banda chamada Nile, mais concretamente o seu álbum "Black Seeds Of Vengeance" (recomendo), que entre outras músicas, tem uma que se chama "Masturbating The War God". Mas sobre música poderemos falar noutra oportunidade...

Estou desolado! Só me faltava esta! Puta que pariu a padralhada! Não sabem manter os colhões dentro das santas vestes?

domingo, 8 de julho de 2007

Quando é que te casas?

Há dias recebi um convite para um casamento. Não, ainda ninguém me fez nenhuma proposta para casar. Simplesmente fui convidado para ir assistir a um casamento de um familiar. O maior problema que os solteiros enfrentam nos casamentos é que aparece sempre alguém que acaba por fazer a pergunta fatídica: "Quando é que te casas?". Parece uma pergunta inocente, mas assume sempre aquele tom de "Vê lá se te casas porque já está mais do que na altura!". Geralmente, por mais embaraçante que isto possa ser, acabamos sempre por sorrir e responder da forma mais diplomática possível, embora, na verdade, nos apeteça mesmo é dizer: "Vai para a puta que te pariu e não me fodas a cabeça, que eu estou-me completamente a cagar para ti!"

Como é lógico, não é aconselhável dizer aquilo que nos apetece nestas circunstâncias, a menos que se trate de uma pessoa de quem nos queremos ver mesmo livres de vez (e também convém que tenha menos uns centímetros, menos uns quilitos e não pratique nenhum desporto de combate). Portanto, e porque eu sei que há mais pessoas que também, como eu, se sentem incomodadas com esta pergunta, deixo-vos algumas sugestões de resposta mais diplomáticas, mas suficientemente provocantes:

1 - Quando encontrar uma mulher elegante, forte e rica. (já expliquei os conceitos anteriormente)

2 - Como vai haver uma colisão entre um meteorito de grandes dimensões e a Terra em 01-02-2019, que pode conduzir à extinção da vida no planeta, estou à espera para ver no que vai dar. (há quem diga que isto pode mesmo acontecer)

3 - Vou fundar uma nova religião, baseada numa vida comunitária em total liberdade sexual, com relações poligâmicas, mas sem laços matrimoniais. (e digam lá que não aderiam logo)

4 - Não quero casar, porque isso faz mal à saúde. (sobretudo nos casos de violência doméstica)

5- Isso é uma proposta? (se se tratar de uma gaja muito boa, ou simplesmente fodível)

6- Tens alguma gaja na família casadoira? (se for um gajo, uma gaja comprometida - com o seu mais que tudo ao lado, caso contrário também pode servir a resposta anterior - ou uma gaja que não seja minimamente pinável)

7 - Quando o Benfica for novamente campeão europeu. (se eu tiver mesmo que casar por causa disso, vamos lá embora, SLB forever!)

8 - 04-07-2009. (há que promover o blog)

9 - Quando a poligamia for legalmente permitida em Portugal. (vamos lá mobilizar-nos e pedir um referendo)

10- Quando ganhar o Euromilhões. (se eu ganhasse o Euromilhões... aí é que fundava mesmo a tal religião)

São só algumas sugestões. Para as mulheres poderá ser necessário fazer algumas adaptações, sobretudo nas respostas 5 e 6, por razões óbvias. Se mesmo assim insistirem nas minhas sugestões tal como estão, e a coisa até correr bem, então chamem-me para eu me poder juntar à festa.

Bons casamentos e respectivas bodas (e outras coisas que rimam com estas).

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Os três... desafios

Há alguns dias atrás, num dos meus primeiros posts, referi que pretendia uma noiva "elegante, forte e rica". Na verdade, pela forma como isto está a correr, não tarda muito e baixo a fasquia para "tudo o que vem à rede é peixe".

Para já, enquanto ainda posso manter a fasquia alta, sinto-me na obrigação de elucidar todas e todos os que lêem estas linhas (espero que o "todos" se refira apenas a leitores interessados em leituras desprovidas de qualquer senso literário, e não a eventuais interessados em disputar o desafio que este blog suscita; apesar do Benfica ter um equipamento amaricado, neste blog não se promovem actividades de índole rabejante). O que quero eu dizer, então, quando me refiro a uma noiva "elegante, forte e rica"?

Ao escolher como noiva uma mulher elegante, eu pretendo uma mulher com uma estrutura morfológica de tal foram singular, que possa fazer passar o seu precioso corpinho por uma folha de papel A4, previamente recortada, mantendo a mesma em circuito fechado. Por outras palavras, a moçoila terá que ser capaz de esburacar uma folha A4 e depois passar pelo meio da mesma, sem rasgar as suas margens. No fundo, trata-se de fazer uma "moldura" e atravessá-la de uma forma verdadeiramente circense, provocando nas mais conceituadas contorcionistas um sentimento de profunda inveja.

O segundo critério refere-se a uma mulher forte. Para passar este teste, a minha futura noiva terá que ser capaz de elevar todo o meu corpo acima do nível da sua cabeça, utilizando como única força motriz o seu próprio corpo. Ou seja, a cachopa terá que me agarrar à bruta, à força de braços se quiser, e erguer os meus 75 kg acima do seu cocuruto. Também esta prova, exige uma capacidade circense fora do comum, o que faz de mim um sério candidato a noivo de uma qualquer Picolé, palhaça no fundo.

Por último, destaca-se um aspecto talvez mais mundano e menos romântico. Creio até que será este o factor de selecção relativamente ao qual mais homens concordarão comigo. A minha noiva terá que ser rica. E para tal terá que superar uma prova com uma duração de 30 dias, durante os quais trocaremos valores financeiros, numa base diária. A minha futura noiva dar-me-á 500 euros no primeiro dia, dando-me subsequentemente, em cada dia, mais 500 euros que no dia anterior (numa progressão aritmética de razão 500). Em troca, eu retribuirei com 1 cêntimo no primeiro dia, dobrando a quantia diariamente (numa progressão geométrica de razão 2). Ou seja, a chavala dá-me 500 euros no 1.º dia, 1000 euros no 2.º , 1500 no 3.º, e assim sucessivamente, enquanto eu lhe devolvo 1 cêntimo no 1.º dia, 2 cêntimos no 2.º, 4 cêntimos no 3.º, and so on, continuando a troca de fundos até ao 30.º dia. Chegados ao fim dos 30 dias, ela terá que ter ainda capacidade financeira para me oferecer um carro à minha escolha (depois eu decido, mas prometo não escolher um carro que exceda 1 milhão de euros, para não abusar).

Esclareço ainda que estas são condições necessárias mas não suficientes. Há que manter um certo poder discricionário nas minhas mãos. Afinal isto não é propriamente um concurso público, nos quais, como toda a gente sabe, as regras são escrupulosamente cumpridas e ganha sempre quem apresenta a melhor proposta. Aqui as coisas não se passam dessa forma. Quem dita as regras sou eu, e mais nada. Além disso, reservo-me no direito de isentar da demonstração efectiva em cada uma das provas quem muito bem me apetecer, desde que a candidata me dê comprovadas razões para acreditar que a mesma é capaz de superar o teste em questão (um fellatio é sempre uma boa razão). Relembro que há razões de interesse público que me podem levar a esta isenção. Atente-se, por exemplo, no segundo desafio, no qual é o meu corpo que vai ao ar (e quanto mais alto, maior a queda...).

Pensem nisto, minhas queridas amigas, e não se acanhem (eu cá prefiro que abocanhem).

Continuo a aguardar propostas...

Tenho andado um pouco ausente, talvez por ter tido uma semana complicada. Mas isso agora não importa. Continuo a aguardar que as minhas caríssimas leitoras se cheguem à frente e me apresentem as propostas que eu tanto anseio. A verdade é que até agora não recebi uma única proposta. Isto se calhar vai ser mais difícil do que eu pensava.

Talvez até haja muitas interessadas, mas, provavelmente por timidez, acabam por não deixar nada nos comentários. Para resolver esse problema, criei um novo endereço electrónico, para o qual poderão enviar as propostas de casamento: thegroom@iol.pt. Agora já não há desculpas. Prometo salvaguardar o anonimato de todas as propostas, de acordo com a discrição que me for solicitada.

Podem ainda aproveitar o mesmo e-mail para me colocarem questões que gostariam de ver esclarecidas neste blog. Tentarei, na medida do possível e do tolerável moralmente (ou talvez não, depende do estado de espírito), responder a todas as solicitações.

Fico à tua espera, minha futura noiva...

domingo, 24 de junho de 2007

Campeões, caralho!

Suponho que não devia usar este tipo de linguagem neste blog, mas que se foda. Somos campeões! Finalmente o Benfica ganhou alguma coisa esta época! Campeões de futsal! Para o ano é no futebol de 11. Ganda Benfica!

Foi mais forte do que eu. Tinha que escrever isto.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Blog em obras

Conforme é evidente, este blog está ainda em construção. Há muitos aspectos a melhorar, consequência também do facto de estar ainda na sua fase embrionária. Além disso, eu próprio estou envolvido num processo novo para mim. Já tive um blog antes (não vos vou dizer qual, até porque já o apaguei), mas apenas lá meti dois posts, o que revela o quanto o levei a sério. Há, portanto, toda uma série de circunstâncias que podem tornar a leitura deste blog verdadeiramente penosa (e eu ainda nem sequer comecei a escrever textos de opinião), sobretudo nesta fase inicial.

Peço, porém, misericórdia e tolerância aos meus largos milhares de leitores (ou se calhar sou só eu para aqui a pregar para as alminhas...). Brevemente isto melhora. Esta é uma promessa que aqui deixo. Resta saber se é uma promessa para levar a sério...

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Como será a minha noiva?

Espero com uma ansiedade galopante o momento em que surgirá diante dos meus olhos fascinados a minha noiva. Mal posso esperar! Que alegria vai ser!

Entretanto, resta-me sonhar com ela. Ainda não sei como é, mas o meu coração diz-me que será uma noiva prendada, cheia de virtudes, a cujos calcanhares não chegarão quaisquer outras. Sei o que quero. Quero uma noiva elegante, forte e rica. Explicarei mais tarde o que quero dizer com isto. Para já vou dormir e sonhar com ela...

domingo, 17 de junho de 2007

Em busca de uma noiva...

Este blog surge na sequência de um desafio que me foi feito por uns amigos. Em conversa, alguém referiu que eu iria casar no dia 4 de Julho de 2009, qual profecia de Nostradamus.

Aquilo ficou-me na cabeça e eu pensei: bem, nessa data eu vou ter 31 anos, portanto, estarei numa idade perfeitamente adequada ao matrimónio. E para este rapaz casadoiro dar o nó só falta uma coisa: uma noiva. Este é, pois, o meio que escolhi para espalhar a mensagem e escolher a minha futura esposa.

Futuramente utilizarei este espaço para dar a conhecer um pouco mais da minha personalidade e das minhas ideias, ao mesmo tempo que procurarei estar atento ao feedback que me for chegando e às possíveis propostas de meninas casadoiras.

A data está marcada. Será que vou encontrar a minha noiva atempadamente?