Contagem decrescente

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Os três... desafios

Há alguns dias atrás, num dos meus primeiros posts, referi que pretendia uma noiva "elegante, forte e rica". Na verdade, pela forma como isto está a correr, não tarda muito e baixo a fasquia para "tudo o que vem à rede é peixe".

Para já, enquanto ainda posso manter a fasquia alta, sinto-me na obrigação de elucidar todas e todos os que lêem estas linhas (espero que o "todos" se refira apenas a leitores interessados em leituras desprovidas de qualquer senso literário, e não a eventuais interessados em disputar o desafio que este blog suscita; apesar do Benfica ter um equipamento amaricado, neste blog não se promovem actividades de índole rabejante). O que quero eu dizer, então, quando me refiro a uma noiva "elegante, forte e rica"?

Ao escolher como noiva uma mulher elegante, eu pretendo uma mulher com uma estrutura morfológica de tal foram singular, que possa fazer passar o seu precioso corpinho por uma folha de papel A4, previamente recortada, mantendo a mesma em circuito fechado. Por outras palavras, a moçoila terá que ser capaz de esburacar uma folha A4 e depois passar pelo meio da mesma, sem rasgar as suas margens. No fundo, trata-se de fazer uma "moldura" e atravessá-la de uma forma verdadeiramente circense, provocando nas mais conceituadas contorcionistas um sentimento de profunda inveja.

O segundo critério refere-se a uma mulher forte. Para passar este teste, a minha futura noiva terá que ser capaz de elevar todo o meu corpo acima do nível da sua cabeça, utilizando como única força motriz o seu próprio corpo. Ou seja, a cachopa terá que me agarrar à bruta, à força de braços se quiser, e erguer os meus 75 kg acima do seu cocuruto. Também esta prova, exige uma capacidade circense fora do comum, o que faz de mim um sério candidato a noivo de uma qualquer Picolé, palhaça no fundo.

Por último, destaca-se um aspecto talvez mais mundano e menos romântico. Creio até que será este o factor de selecção relativamente ao qual mais homens concordarão comigo. A minha noiva terá que ser rica. E para tal terá que superar uma prova com uma duração de 30 dias, durante os quais trocaremos valores financeiros, numa base diária. A minha futura noiva dar-me-á 500 euros no primeiro dia, dando-me subsequentemente, em cada dia, mais 500 euros que no dia anterior (numa progressão aritmética de razão 500). Em troca, eu retribuirei com 1 cêntimo no primeiro dia, dobrando a quantia diariamente (numa progressão geométrica de razão 2). Ou seja, a chavala dá-me 500 euros no 1.º dia, 1000 euros no 2.º , 1500 no 3.º, e assim sucessivamente, enquanto eu lhe devolvo 1 cêntimo no 1.º dia, 2 cêntimos no 2.º, 4 cêntimos no 3.º, and so on, continuando a troca de fundos até ao 30.º dia. Chegados ao fim dos 30 dias, ela terá que ter ainda capacidade financeira para me oferecer um carro à minha escolha (depois eu decido, mas prometo não escolher um carro que exceda 1 milhão de euros, para não abusar).

Esclareço ainda que estas são condições necessárias mas não suficientes. Há que manter um certo poder discricionário nas minhas mãos. Afinal isto não é propriamente um concurso público, nos quais, como toda a gente sabe, as regras são escrupulosamente cumpridas e ganha sempre quem apresenta a melhor proposta. Aqui as coisas não se passam dessa forma. Quem dita as regras sou eu, e mais nada. Além disso, reservo-me no direito de isentar da demonstração efectiva em cada uma das provas quem muito bem me apetecer, desde que a candidata me dê comprovadas razões para acreditar que a mesma é capaz de superar o teste em questão (um fellatio é sempre uma boa razão). Relembro que há razões de interesse público que me podem levar a esta isenção. Atente-se, por exemplo, no segundo desafio, no qual é o meu corpo que vai ao ar (e quanto mais alto, maior a queda...).

Pensem nisto, minhas queridas amigas, e não se acanhem (eu cá prefiro que abocanhem).

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